quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sem titulo

"Um quadrado branco, espaço, fundo, infinito
Fotos de você, eu fazer
Close, rosto
Pedaços
Mão...O olhar voltado para mão
Sorriso tímido que sai de você
E vai pra tela, pro papel que eu vou desenhar
Fecha os olhos pra sair com olhos fechados
E não enxerga
Para que a ausência de um sentido
Aguce o outro
Nesse caso, o sentir.
Toco o rosto pra arrumar o que eu quero ver
Toco de leve
Com a ponta do dedo
E toco, por dentro com frio na barriga
Então toca ponta de dedo com ponta de dedo
E grava rosto colado
Grava em papel
E na memoria grava olho indo dentro de olho
Minha mão traz pra perto
Traz no real o que a imaginação
Faz ir longe
Pra que se percam no horizonte além do ombro alheio
quando corpos são caixas e braços laços
De um braço que junta coração com coração
quando a volta se faz torta e sem jeito
A tentativa e tentar controlar o que impera na barriga
Frio
Como o indicador que tiro do rosto cabelo
Desenha no rosto pequeno um beijo
que é imaginação
Seria sim ou não?"

J. Henrique


[Texto de um amigo]

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